Marcar presença aqui não tem sido meu forte... kkkk

É engraçado como algumas pessoas, quando mudam escolhas ou opções de vida, resolvem deletar o passado e apagar qualquer registro - como se isso fizesse com que as próprias experiências deixassem de existir...

Eu não apago fotos, não rasgo cartas, não excluo mensagens - bom, talvez algumas, mas só no WhatsApp, com o advento do recurso de cancelamento de envio com tempo para arrependimentos... kkkk (Mas não por me arrepender do dito, e sim por medo de que minhas palavras provoquem o arrependimento do destinatário. Tipo: 'gente, que pessoa chata, por que eu dei meu número pra ela?!' - isso ocorre quando a gente tem a mania de não querer guardar nada pra depois, com medo do "depois" não chegar... E quem acompanhou a criação desse diário vai compreender porque eu penso isso...)

Mas o que vivemos faz parte do que somos.

O que veio, o que passou, o que ficou.

Faz bastante tempo que minha vida é praticamente um livro aberto na internet - aquela rede social que começou com 50 amigos, depois 500, depois 5 mil, hoje tem 100 mil seguidores.

Nossa... é muita gente que acompanha seu cotidiano e sabe quase tudo sobre você. (Até porque me conhecer nem é tão difícil... não sou pessoa com grandes mistérios ou segredos...)

Então como compartilho minha vida, não posso me incomodar com quem se acostumou a isso.

Digo que a internet não acaba com a intimidade de ninguém. Cada um divulga até onde sente-se à vontade.

Hoje contei que em breve me mudarei para uma nova casa. Após nove anos morando em um imóvel antigo e que por conta do tempo de construção passou a apresentar alguns problemas - como cômodos em que a luz não acende mais, fiação elétrica que não suporta um chuveiro, pia da cozinha que deixou de sair água. (E nem profissionais conseguiram resolver de forma permanente essas situações...)

Por conta disso, tive que adotar algumas adaptações - como lavar louça no tanque e esquentar água no fogão para poder tomar banho de água quente. Jamais reclamei, jamais desabafei. Afinal, há coisas piores na vida - e novamente digo: quem acompanhou a criação desse diário entende o que quero dizer.

Mas não é porque no mundo possui sempre histórias mais tristes e lamentáveis que a sua que você deve se acomodar e aceitar. Jamais aceite o que te faz infeliz. Jamais ache que você não merece mais.

Cheguei ao meu limite no terceiro ano me adaptando a essa situação. Nem sempre basta vontade, é verdade - principalmente em casos onde é necessário condição financeira, por exemplo.

Mas sempre há uma possibilidade ao nosso alcance. Pode não ser a que merecemos ou queremos. Mas se for melhor que a nossa realidade, temos que abraçar!

Então, abracei a oportunidade.

O novo espaço já existe.
Agora faltam apenas os detalhes para tornar o local habitável - cama, chuveiro, cortinas, fogão, geladeira.

E pela primeira vez na vida terei uma casa com sofá, mesa de jantar e condições de receber amigos.

É estranho pensar que alguém vive há quase dez anos em uma casa sem coisas tão básicas como mesa e sofá, né? rs

Não morri por isso. Mas também não quero morrer sem ter tido isso.

Nunca é tarde para (re)começar. Nem para fazer as coisas de forma diferente.

Arrisque! Tente! Sonhe!

A vida é uma só.

E ela voa.

Não deixe que o tempo passe e sobrem apenas arrependimentos... principalmente pelo não feito, pelo não tentado e nem pelo não dito.