Sim, ainda estou aqui! : )



No último dia 10 minha LTS completou 1 ano e 7 meses.
Vez ou outra ainda me pego pensando e mesmo não querendo algumas vezes pensar é preciso...

Mas se algo nisso tudo me acalenta é o fato de estar podendo, como nunca antes pude, ser mãe. Em todos os sentidos.
Profissionalmente ainda posso fazer o que gosto, com a ajuda dos muitos amigos conquistados ao longo desses 13 anos de carreira.
A ausência de remuneração claro que pesa. Mas a gente vai tentando se virar nos 30.

É bem verdade que amo o que faço, sempre amei. Mas o amor de mãe - aquele que a gente continua sentindo quando tem que trabalhar, mas que nos faz sentir vontade de não precisar trabalhar - é muito maior. E apesar do fato de que já era mãe quando comecei minha carreira - minha filha mais velha está com 14 anos - reconheço que ser mãe em tempo integral é tão diferente...

Tenho preferido não me manifestar muito sobre o assunto pela falsa impressão de que - se o que os olhos não vêem, o coração não sente -, talvez do que não se fale o corpo esqueça... E apesar de nunca mais ter tido aqueles movimentos involuntários e da dor de cabeça ter se tornado menos frequente, tenho sentido muita dormência, principalmente nas mãos, e uma coisa que me incomoda demais: perda de força nos braços.

Isso é o que mais me deixa chateada porque minha caçula ainda não anda e me mata pensar que não conseguiria mantê-la no meu colo por muito tempo.

Pior que isso só pensar que não poderei estar presente ou ser uma presença útil o suficiente para acompanhá-las e participar da vida delas. E é em relação a isso que eu me recuso a pensar: por puro medo de que se torne realidade. Sei que não sou imortal, mas quero tanto viver o bastante para que possa deixar minha lembrança com elas...

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